O que é uma marca de verdade?
"A sua marca é aquilo que os outros dizem sobre si quando não está presente."
Jeff Bezos, fundador da Amazon
Jeff Bezos, fundador da Amazon, afirmou: "A sua marca é aquilo que os outros dizem sobre si quando não está presente." Esta frase, aparentemente simples, resume de forma poderosa a essência do branding no contexto contemporâneo. Uma marca não é apenas um logótipo, um conjunto de cores ou uma estratégia de marketing. Uma marca é, acima de tudo, a percepção que os outros constroem com base em experiências, emoções e memórias.
No universo competitivo em que as marcas coexistem hoje, a diferenciação raramente é feita apenas pelo produto ou serviço. É feita pela forma como uma empresa é percebida. Essa percepção não é controlada unicamente pela comunicação que emite, mas também pela interpretação que o público faz dessa comunicação — e, mais importante ainda, pela forma como a marca se comporta em todas as suas interacções, visíveis ou não.
Quando alguém fala de uma marca a um amigo, partilha uma publicação nas redes sociais ou deixa um comentário online, está a amplificar a sua experiência pessoal. É nestes momentos, em que a marca "não está presente", que se define o seu verdadeiro valor. São estas conversas, espontâneas e autênticas, que moldam a reputação de uma empresa no mercado.
Por isso, o branding deixou de ser apenas uma construção visual ou verbal. Tornou-se uma questão de coerência, confiança e relacionamento. A coerência entre o que a marca diz e o que realmente faz. A confiança que se constrói a longo prazo, através da consistência nos detalhes, e o relacionamento que se cultiva com clientes, colaboradores e a comunidade envolvente.
Numa era em que os consumidores têm voz activa e ferramentas para a fazer ouvir, cada gesto conta. O atendimento, o pós-venda, a responsabilidade social, o impacto ambiental, a forma como a marca responde a críticas — tudo contribui para a narrativa que os outros contam sobre ela.
Assim, uma marca forte é aquela que consegue alinhar a sua identidade com a sua conduta. Não basta comunicar bem; é necessário agir de acordo com os valores que se proclamam. Quando essa harmonia é atingida, os outros não só falam da marca quando ela não está presente, como o fazem com entusiasmo, admiração e respeito.
Em última análise, uma marca vive na mente e no coração das pessoas. E é nesse espaço — invisível, mas fundamental — que se constrói a sua verdadeira relevância.