A LCA permite medir os impactos ambientais ao longo de todas as fases do ciclo de vida de um produto ou serviço, desde a extração de matérias-primas até ao seu destino final. Quando aplicada ao marketing, esta abordagem revela que os métodos tradicionais — como panfletos, outdoors, brindes físicos ou correio impresso — apresentam frequentemente uma pegada ecológica mais elevada. A produção de materiais, o consumo energético, o transporte e a geração de resíduos contribuem significativamente para esse impacto.

Já o marketing digital, embora não isento de custos ambientais, tende a apresentar uma performance mais favorável neste balanço. O uso de servidores, dispositivos e armazenamento em nuvem tem impacto, mas pode ser mitigado através de boas práticas digitais — como a eficiência energética, a utilização de energias renováveis e a segmentação eficaz de campanhas, que reduz o desperdício de recursos.

A verdadeira diferença reside na capacidade de integrar a sustentabilidade no planeamento estratégico. Ao recorrer à Análise do Ciclo de Vida, torna-se possível identificar pontos críticos e implementar soluções mais conscientes, sem comprometer a eficácia da comunicação.

Neste Dia da Terra, a responsabilidade ambiental estende-se também à forma como se comunica. Entre o físico e o digital, o desafio está em encontrar o equilíbrio que respeite o planeta sem perder relevância. Porque cada decisão deixa uma marca — inclusive no marketing.